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Timelapse: Página 18

Processo de arte final digital da página 18, através do software Clip Studio Paint no display interativo Wacom Cintiq 16″.
Gabe Teixeira

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Timelapse: Página 17

Processo de arte final digital da página 17, através do software Clip Studio Paint no display interativo Wacom Cintiq 16″.
Gabe Teixeira

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Timelapse: Página 13

Processo de arte final digital da página 13, através do software Clip Studio Paint no display interativo Wacom Cintiq 16″.
Gabe Teixeira

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Arte Final Digital

O processo de arte final, ou seja, o refinamento do esboço e adição de detalhes para que posteriormente seja inserida a cor, está sendo feito através do software Clip Studio Paint, com o suporte físico do Display Interativo Wacom Cintiq 16″.

Interface do software Clip Studio Paint

Esse setup de trabalho possibilita maior praticidade e rapidez nessa etapa do processo, uma vez que agiliza correções e refações, além de trazer uma experiência muito próxima do processo convencional, no papel e tinta.

Setup físico de trabalho: o Display interativo Wacom Cintiq 16″.

Nas próximas postagens, vocês poderão acompanhar o timelapse de algumas páginas sendo produzidas dessa forma. Fiquem a vontade para deixar seus comentários ou tirar suas dúvidas pelo campo abaixo ou através das nossas redes sociais!

Gabe Teixeira

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Processo

Bloqueio Criativo

Se você trabalha com criatividade, com certeza já conhece ou morre de medo desse “fantasma”. O temido bloqueio que chega do nada e parece que não vai mais embora, ficando cada vez mais forte e te deixando cada vez mais improdutivo e ansioso. Bom, se isso já aconteceu com você tenho uma notícia: você é normal.

Trabalhar com criatividade, seja como artista visual, escritor, músico, ou qualquer atividade que necessite de inspiração, é algo completamente diferente de outras atividades, digamos, convencionais. Enquanto um contador, professor ou analista de dados sabe exatamente o que precisa fazer, e só precisa colocar em prática os conhecimentos acumulados ao longo da carreira, o criativo precisa quase que diariamente “inventar a roda”. Para o quadrinista, por exemplo, cada página é uma situação a ser resolvida de forma diferente, um universo novo, uma mensagem a ser passada. Todos esses fatores somados são subjetivos e pouco palpáveis para ser encaixados em métodos e processos.

Antes que me xinguem: não estou desmerecendo nem diminuindo o trabalho desses profissionais que citei como exemplo. É óbvio que todo profissional passa por desafios diários e precisa rebolar para enfrentá-los e resolvê-los da melhor forma possível. O meu ponto é que para quem trabalha com criação isso é a essência da profissão, e não um aspecto pontual, ou mesmo recorrente. Cada trabalho, cada decisão, cada desenho ou fala escrita, tem que ser resolvida de maneira única, diferenciada, criativa. Não existe uma cartilha ou manual pra se consultar. É óbvio que existem livros teóricos, inclusive sobre criatividade. Mas o conteúdo é muito mais inspirador do que pragmático. Não tem como ser de outra forma.

E, coincidentemente ou não, os criativos normalmente tem um agravante: a ansiedade. Não acho que seja uma coincidência, pois todo o contexto que citei no último parágrafo causaria ansiedade em qualquer um. Isso somado à uma rotina vai enchendo o copo, gota a gota, até que uma hora transborda. E você trava. Esse é o temido bloqueio. Quando a vontade de criar e a inspiração estão ali, mas são suprimidas pela ansiedade de resolver tudo de forma impecável, de fazer o melhor trabalho da sua vida. E vendo dia a dia o prazo se esgotar, essa situação só piora. É uma bola de neve.

Mas felizmente existem métodos pra se lidar com esse monstro. E se existe algo bom na idade, é a experiência. Já sofri muito com bloqueios, a ponto de passar mais de uma semana sem conseguir dormir e nem produzir. Hoje, volta e meia ainda acontece comigo. E vai acontecer pro resto da vida, eu tenho certeza. O segredo é você se conhecer, entender o que te causa ansiedade e criar artifícios para fugir dela. Mais importante que isso: descobrir o que te relaxa, o que te faz sair desse modo tenso. Um filme, um jogo de videogame, um livro, um passeio com o seu cão. Varia de pessoa pra pessoa, mas todo mundo tem um botão de desligar. Se olhar pra dentro com cuidado você vai descobrir o seu. E quando se desliga, a mente relaxa, e o copo dá uma esvaziada. E assim vamos vivendo dia após dia.

Outra coisa importantíssima e que me ajudou muito é conhecer o seu processo: quais partes do seu trabalho exigem mais de sua criatividade e quais são mais mecânicas, e encaixar isso no seu fluxo criativo, de acordo com a sua rotina.

O que? Não sabe como funciona o seu fluxo criativo?

A gente conversa sobre isso outro dia, prometo 😉

Gabe Teixeira

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História

Tesouros

Como eu já contei em posts passados, a história do Coleira começou há bastante tempo, por volta de seis anos atrás. Na época eu tinha acabado de me reencontrar com os quadrinhos e estava empolgadíssimo com a ideia de publicar uma história minha.

Nessa época eu tinha dois cadernos de rascunhos: um pautado para textos e outro para desenho. Dependendo do meu humor e inspiração do dia, eu pegava um deles e escrevia ou desenhava. Era uma espécie de terapia, e ao mesmo tempo um exercício de criatividade.

E foi em uma dessas “sessões” que o Coleira apareceu. Na época, ainda com o nome prévio de “Vira-Lata”, o nosso herói surgiu em tom de piada. Lembro de ter feito esse primeiro desenho tendo como inspiração os dançarinos da Carreta Furação, que era um meme de sucesso na época. Na ideia original, Rui seria um desses dançarinos vestido de personagens famosos em fantasias de baixo orçamento, que defenderia os animais nas horas vagas. No melhor estilo Chapolin Colorado, com humor pastelão e tudo mais, com direito à cabeça da fantasia girando e deixando o herói “cego” durante a luta.

Primeira versão da história do Coleira.

Mas desde o começo eu costumo dizer que o Coleira teve vida própria. Essa ideia inicial me empolgou bastante, e eu mudei de caderno, passando para escrever a história nas folhas pautadas. E ali a história tomou ares mais sérios, uma vez que a questão dos maus tratos aos animais merecia esse tom. Nessa versão prévia do roteiro, que vocês podem conferir na imagem, ele já aparece rebatizado (depois da contribuição crucial do meu querido Coleone) e alguns elementos principais da história também são diferente: os três animais já estão ali, mas são todos cães. A terrier deu lugar ao gato Raul, o buldogue acabou mudando de lado e se transformou no pitbull Carrasco, enquanto a fiel escudeira Rita praticamente só mudou de nome. Também haviam elementos da história pregressa do protagonistas que foram omitidas, pelo menos por enquanto, em virtude do fluxo da narrativa.

O fato é que, encontrar esses manuscritos e lembrar de como essa história começou me deu um gás tremendo pra continuar desenvolvendo esse projeto, que tem um lugar gigantesco dentro do meu coração.

Gabe Teixeira

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Processo

Referências

Durante o mês de Março o foco do desenvolvimento está na elaboração prévia das cenas e páginas. É claro que tudo que está sendo esboçado nesse momento ainda vai sofrer várias alterações no decorrer do projeto, mas é importante começar a colocar as coisas no papel (ou na tela) para visualizar melhor como os elementos se comportam.

Para isso é muito importante uma pesquisa de referências visuais. Fotos, estilos de desenho, cenas de filmes, podem servir de base na construção visual da história. É importante estar sempre atento à experiências do dia a dia. Nunca se sabe de onde pode vir a inspiração que vai ajudar a resolver aquela cena complicada do roteiro.

Além do que, é sempre muito importante estar com a mente “arejada”, tirar o foco do trabalho e viver novas experiências. Em tempos de pandemia isso é um pouco mais difícil. Não poder ir ao cinema, teatro, um show ou até mesmo um barzinho com os amigos faz muita falta… Mas existem alternativas, como assistir filmes pela internet, ler um livro novo ou revisitar uma HQ antiga, que pode ser a resposta para aquele temido bloqueio criativo.

Aliás, na próxima postagem sobre o Processo Criativo, vou abordar justamente o fantasma do bloqueio criativo. Vejo vocês lá!

Gabe Teixeira

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Comunidade

Visita ao Canil Municipal

Na última quinta-feira, dia 11/03 de 2021, tive a oportunidade de conhecer o Canil Municipal da cidade onde moro atualmente, Iracemápolis, no interior de São Paulo. A visita foi conseguida e acompanhada pela Secretária de Cultura local Dalila, a quem eu agradeço imensamente por todo o apoio que tem dado a esse projeto =)

Chegando lá fomos muito bem recebidos pelo veterinário responsável demais funcionários. Fiquei impressionado com a organização do local, mas especialmente com o amor e dedicação de todos ali pelos animais que são resgatados. Ao contrário de outros canis municipais que tive a oportunidade de conhecer, esse tinha um clima diferente. Os animais não estavam ali confinados, largados à própria sorte, esperando o dia de serem adotados ou pior, sacrificados. Eles conviviam muito bem entre si (a grande maioria, pelo menos), tinham áreas de lazer e descanso, tudo muito limpo e bem cuidado.

Cães na área de convivência do canil.
Mangueira onde os cães descansam durante o dia.

Todos ali tem uma história. E todos os funcionários conhecem essas histórias e compreendem as particularidades de cada caso. Como por exemplo um típico vira-lata amarelo, enorme, que foi resgatado por ter mordido oito pessoas na rua. Para esses casos, o protocolo é claro: eutanásia. Mas assim que chegou ao canil, o veterinário Marcos percebeu que não se tratava de um cão agressivo. Resolveu observar o comportamento dele por alguns dias e viu que o cão era extremamente dócil. Ficava apenas descansando na sombra de uma enorme mangueira que existe por lá. Depois, descobriu-se que ele tinha mordido as pessoas tentando defender a casa de uma senhora, que tratava dele na rua. No fim das contas, estava apenas sendo protetor. O cão fugiu do destino triste e agora é um morador permanente do local. E como disse Seu Geraldo, o ajudante geral do local “Ele só precisava de carinho. Hoje é meu melhor amigo”.

Olha só que cara de mau.

Outra que me marcou foi a Antônia. Ela sofria maus-tratos do seu antigo tutor, tendo chegado ao canil “pele e osso” como contam os funcionários. Quando cheguei perto dela pra fazer amizade e tirar algumas fotos, ela imediatamente se deitou de barriga pra cima, ficando totalmente rendida. Eu não imagino como uma pessoa pode maltratar qualquer animal, ainda mais um tão dócil e amoroso como a Antônia, que mesmo tendo passado por tudo que passou, ainda confia nos humanos de forma incondicional.

A doce Antônia <3
Minha roupa depois de conhecer a galera.

Fui embora com uma sensação boa, por saber que aqueles cães que já sofreram tanto encontraram ali pessoas que se dedicam por eles. É óbvio que o ideal é que cada um seja adotado e encontre uma família para cuidar de todas as suas necessidades. Como disse a auxiliar Michele “Eles são prisioneiros sem crime”. Mas enquanto esse dia não chega eu tenho a certeza que estão todos sendo muito bem cuidados.

Gabe Teixeira

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Processo

Primeira Fase: Esboços

De uns anos pra cá, o meu processo de ilustração é quase 100% digital. A praticidade e fidelidade das ferramentas disponíveis hoje em dia fizeram com que eu me rendesse à modernidade. Os prazos apertados e a necessidade de correções dos trabalhos também foram determinantes nessa decisão.

Mas isso não significa que eu tenha abandonado totalmente o papel e a tinta. Afinal, foram quase 30 anos desenhando dessa forma, até a Cintiq tomar o lugar da prancheta. Esse tipo de relação não se perde da noite para o dia.

Na parte dos esboços, por exemplo, eu gosto sempre de experimentar no papel, testando e errando, sem me preocupar com o resultado final. Essa liberdade faz com que as ideias fluam melhor, saiam da cabeça e se tornem reais, palpáveis. Sem a tentação do Ctrl+Z para corrigir cada traço fora do lugar, parece que as ideias vêm mais a tona. E ficam todas ali, visíveis, para serem analisadas e escolhidas para a versão final.

Esboço de uma página, já no software Clip Studio Paint.

Depois, faço um segundo esboço digital. Hoje eu utilizo o software Clip Studio Paint, que indico principalmente para quem trabalhe com quadrinhos. Ele possui uma diversidade muito grande de funcionalidades voltadas para essa mídia.

Depois de todas as páginas devidamente esboçadas, partimos para a arte final, que antes era feita no nanquim, e hoje também faço no digital. Nesse aspecto o CSP também é muito útil!

Mas esse assunto fica pra semana que vem.

Gabe Teixeira.

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É dada a largada!

2021 começou e estamos respirando “Coleira” desde o primeiro dia. De acordo com o nosso cronograma, Janeiro foi pra colocar a casa em ordem: Fazer as primeiras reuniões, contratar os parceiros e colocar no ar nosso site e redes sociais. Nesse último ponto, contamos com a parceria da agência AlmaNove, dos irmãos Vinícius e Felipe Costa. Parceiros e amigos de longa data, são também profissionais de primeira e fizeram este trabalho sensacional que você pode conferir acompanhando nosso Diário de Bordo. Valeu demais, manos! o/

Além disso foram várias reuniões entre a equipe: Eu, Coleone, o Henrique Mathias, que ficou responsável pelos flats e balões, e o pessoal do Selo Risco Impresso, Guilherme Silveira e Vizette Seidel. Aliás, você pode conhecer melhor e acompanhar o trabalho de cada um deles através dos links na aba “Equipe” deste site. Eu recomendo demais!

Uma das versões do roteiro sendo discutida através de vídeoconferência.

Tirando a parte organizacional do projeto, o nosso foco até agora foi o roteiro. Nem sei dizer quantas versões foram escritas, discutidas, reescritas e discutidas novamente até chegarmos à versão final, que não está livre de ajustes ao longo do ano. O nosso compromisso e expectativa com esse projeto são tão grandes que não descansaríamos até ter a certeza de que tudo estava perfeito, retratado da melhor forma possível. Cada detalhe foi pensado e analisado diversas vezes, até que finalmente chegamos na versão que foi decupada e que agora em Março, começa a ser desenhada.

Ao longo dos próximos meses, vocês poderão acompanhar aqui prévias das artes durante o processo de desenho, arte final e cor. Também divulgaremos os eventos de divulgação e promoção do projeto. É só ficar ligado nas redes sociais e participar com a gente dessa história!

Até semana que vem =)
Gabe Teixeira